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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Uso de Blog no ensino presencial - WEBQUEST

1. INTRODUÇÃO
Este espaço destina-se a experenciação do uso do Blog como tecnologia educacional para apoio ao ensino presencial. Para tal, usaremos a "metodologia" WebQuest, por meio da qual os estudantes pesquisam e compartilham informações na Internet a partir de um roteiro proposto. 

Estudaremos os postulado de Carlos Rodrigues Brandão a partir da identificação de ideias-força contidas nos textos A MENTE E O CORAÇÃO, A CONFIANÇA E O DIÁLOGO: por uma ética da partilha do sentido e do afeto na educação e ALGUNS PASSOS PELOS CAMINHOS DE UMA OUTRA EDUCAÇÃO, compartilhados na Comunidade Virtual de Aprendizagem.
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2. O PROCESSO
a. O conjunto de estudantes deverá se dividir em duplas.
b. As informações integrantes da atividade  (exposta abaixo), deverão ser pesquisadas integralmente na internet (a confiabilidade dos sites será avaliada pelas duplas).
c. A ideia é que cada dupla interaja a distância por meio da ferramenta WIKI de nossa CVA (Comunidade Virtual de Aprendizagem) no Moodle.
d. Somente os CONSENSOS  serão postadas neste Blog. Assim, o wiki é espaço de construção e este blog é o espaço para a postagem da conclusão.
e. As dúvidas também serão postadas no WIKI, assim como as orientações.
f. O roteiro inicial de pesquisa se dá por meio de perguntas-chave. 
g. Os posts poderão assumir diferentes formatos (opiniões, poesia, cordel etc.).
h. Cada dupla, a depender da possibilidade de cronograma, será convidada a fazer uma apresentação presencial (seminário) sobre o processo de construção, informando os espaços virtuais e roteiro de busca de sua pesquisa.  A data da apresentação presencial será divulgada no FÓRUM DE NOTÍCIAS na CVA.
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3. A ATIVIDE


Procure na internet respostas para a questão abaixo......

3.1.  Qual foi a ideia-força identificada pela dupla nos textos propostos? Justifique.
    3.2.  Identifique um autor presente na literatura científica que compartilhe da ideia-força escolhida para responder à questão: Como ela se articula com a saúde? e...
    3.3.  Como se materializa na prática do docente da saúde coletiva?
Exemplo de Ideia-força no pensamento de Brandão
o imprevisível  e criativo e o pré-estabelecido na prática pedagógica-----------------------------------------------------------------------------------
 

16 comentários:

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  3. Dupla HumanizaEpi: Melissa e Raíla
    Ideia-força no texto "A mente e o coração, a confiança e o diálogo": Educação Emancipatória

    Fizemos uma busca de artigos sobre a ideia-força no contexto da saúde e selecionamos um artigo cujo título é "Por uma epistemologia emancipatória da promoção da saúde" dos autores Freitas e Porto (2011). Neste artigo são consideradas as reflexões de Boaventura de Sousa Santos e de Paulo Freire para a proposição de ações emancipatória no contexto da promoção da saúde.
    De acordo Freitas e Porto (2011), Boaventura propõe seis tipos espaços estruturais, que são os locais onde se manifestam formas de poder, de direito e de formas epistemológicas, e são por ele nomeados como: doméstico, produção, mercado, comunidade, cidadania e espaço mundial. Estes espaços estruturais são também denominados de “conjuntos de relações sociais” e de “matrizes das comunidades interpretativas principais existentes na sociedade” (Santos, 2000, p. 303 apud Freitas e Porto, 2011).
    Os autores também fazem uma interlocução entre Paulo Freire (1983) a partir da crítica ao conhecimento regulatório hegemônico da ciência, no reconhecimento desses limites e potencialidades é que a articulação do pensamento de Paulo Freire com a formulação dos espaços estruturais de Boaventura representar um campo fértil para se pensar desenvolvimento, saúde e ambiente no nível local, em particular nas propostas e estratégias de promoção da saúde emancipatória (Freitas e Porto, 2011).
    Na pratica docente na saúde coletiva também é um desafio trabalhar experiências que assumam como legítimos diversos saberes populares, sem que signifique uma simples subtração temporária do saber científico hegemônico. No artigo são citados importantes autores da Saúde Coletiva que vão na direção da perspectivas de ações emancipatória nos espaços estruturais (Valla, 2000; Minayo, 1998; Rozemberg, 2007 apud Freitas e Porto, 2011). Minayo (1998), sugere uma visão de “saúde-doença” que é “pluralista, ecológica e holística”, diferente da racionalização conceitual da ciência que insiste em evidenciá-la de forma simplista e fragmentada pelo modelo biomédico ou pela dicotomia saúde-doença unicausal. Valla (2011) problematiza a dificuldade da academia em entender a fala das classes populares, principalmente em aceitar que estas são produtoras de conhecimento, bem afirma ser da academia, por não se entender a cultura popular como “conhecimento acumulado, sistematizado, interpretativo e explicativo”.
    Em relação as propostas apresentadas pelos autores para enfrentar a ambivalência entre regulação e emancipação na saúde encontra-se os novos movimentos políticos que se articulam em espaços como o Fórum Social Mundial (Freitas e Porto, 2011) e através da construção de “cenários prospectivos” (Marcial e Grumbach, 2006 apud Freitas e Porto, 2011) que incorporem simultaneamente saberes e práticas locais com sonhos e esperanças, confrontados por visões críticas acerca dos obstáculos historicamente construídos, bem como por argumentos científicos existentes acerca dos sonhos e cenários. De acordo com os autores tal metodologia, tem caráter didático e pedagógico, na perspectiva freiriana de uma pedagogia da esperança, ao se mudar a perspectiva na análise das questões do dia a dia, fornecendo margens ao potencial imaginativo e sonhador, principalmente dos jovens, na produção dos ‘inéditos viáveis’ de Freire (Freitas e Porto, 2011).
    Portanto, com o estudo das possibilidades de futuro seria possível implantar uma mudança radical de enfoque e argumentações contra-hegemônicas, pois trata-se da esperança, uma palavra-chave para a emancipação e a autonomia, centrais nas propostas tanto de Boaventura Santos como de Paulo Freire (Freitas e Porto, 2011).

    Referências:
    Freitas, JD e Porto, MP. POR UMA EPISTEMOLOGIA EMANCIPATÓRIA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE. Trab. Educ. Saúde, RJ, v. 9 n. 2, jul./out.2011.

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    1. Olá dupla HumanizaEpi. Gostei muito da ideia-força escolhida e como vcs construíram a relação entre saúde, na leitura como direito manifesto nas relações sociais, educação, entendendo-a como caminho de emancipação e liberdade e a ação docente como prática de construção de mudança. Os referenciais trazidos consubstanciam a escolha.
      Parabéns
      Bjs apoiadores

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  4. Trio: Criadoras de nós mesmas. Ana Santana, Renata Lany e Valéria Rocha.
    "Eu sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo. (...) Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.Sou um coração batendo no mundo." Clarice Lispector

    Nosso trio, "Criadoras de nós mesmas", se denomina desta forma com inspiração em Paulo Freire. Esse nome poderia, num primeiro momento, sugerir uma concepção egoísta de quem não reconheceria as diversas e importantes contribuições externas para uma salutar (re) construção de nosso eu, mas se baseia justamente no contrário. Somos criadoras de nós mesmas no sentido de que vivemos entre os outros e com os outros, e que isso nos possibilita compartilhar nossos conhecimentos, crenças e ideologias, ou seja, as nossas subjetividades, e também objetivamente a vida cotidiana, através da vivência e interação pessoal e coletiva. Assim nos criamos e co-criamos cotidianamente na interação com o outro e, para tanto, nesta relação dialogica faz-se imprescindível o cultivo da confiança. E o que seria confiança?? Coragem proveniente da convicção no próprio valor? realmente é preciso ter coragem, é o que nos pede a vida todos os dias. Mas também pode ser a fé que se deposita em alguém, a esperança firme mas também um atrevimento,e por que não?! pois enquanto sujeitos políticos que somos, assim caminhamos na contramão da lógica que valoriza o individualismo, somos criadoras de nós mesmas mas numa perspectiva que reconhece e valoriza o (a) outro (a).♥

    Uma das ideias - força contida nos textos de Carlos Brandão é a educação destinada a formação de pessoas livres. Ela se justifica no sentido de que a educação serve ao aprendizado realizado como co-construção de sentimentos, valores e saberes partilhados, no processo dialógico de ensinar e aprender. O aprendizado é inacabável e permite a libertação.

    BARROS & RASTROJO (2014) enfatizam que na filosofia de Paulo Freire a emersão crítica da realidade situacional em que os oprimidos se encontram imersos, permite-lhes a sua libertação. Portanto, a educação para a responsabilidade política e social contribui para o processo da emancipação cultural, condição para a libertação econômica, social e política. Conceber o conhecimento como um ato dialógico, simultaneamente político implica também, como não poderia deixar de ser, atender às características básicas que um educador deverá possuir e desenvolver em sua prática profissional, humanista e progressista, que nos termos do pensamento freiriano significa: ser um educador democrático e solidário com a causa dos oprimidos.

    A educação destinada a formação de pessoas livres se articula com a saúde rompendo com a racionalidade do modelo biomédico dominante. É necessário que haja uma interação coletiva na abordagem dos diversos serviços de saúde para que se promova a articulação entre os saberes de acordo com as necessidades e realidades das pessoas, ou seja, que as pessoas e os grupos sociais assumam maior controle sobre sua saúde e suas vidas no cotidiano de suas práticas. Para tanto, a educação destinada a formação de pessoas livres se configura como a proposta que permite de fato a construção do conhecimento dialógico e compartilhado para um processo emancipatório. Os saberes e práticas da saúde devem ser pensados através das iniciativas pautadas em experiências participativas e democráticas que contribuam para o desenvolvimento humano e reflexão dos problemas contemporâneos.

    A educação destinada a formação de pessoas livres se materializa na prática do docente da saúde coletiva quando se busca pedagogicamente proporcionar formas coletivas de aprendizado, de forma que se promova o amadurecimento das capacidade de análise crítica sobre a realidade em busca de uma construção compartilhada de conhecimento como forma de romper com a tradição autoritária e normatizadora da relação entre os serviços de saúde e a população. É a educação do afeto, pois aquilo que nos afeta nos transforma.♥

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  5. Referências:

    BARROS, Rosanna and RASTROJO, José Barrientos. Reflexões epistemológicas sobre o potencial emancipador da pedagogia da libertação para superar o modelo escolar no que fazer do(a) professor(a). Educ. rev. [online]. 2014, vol.30, n.3, pp.219-244. Epub July 25, 2014. ISSN 0102-4698. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-46982014005000003. Acesso em Abril de 2016.

    BRANDÃO, C. R. A mente e o coração, a confiança e o diálogo.

    ______________. Alguns passos no caminho de uma outra educação.

    Confiança. In: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em: https://www.priberam.pt/DLPO/confian%C3%A7a Acesso em Maio de 2016.

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    1. Olá Trio "criadoras de nós mesmas"... Acerca do nome escolhido para representar o trio, não poderia ser melhor, já que nos instiga à uma reflexão mais profunda ante os aportes teóricos trabalhados na disciplina até aqui. Mas a explicação de cunho freiriano, desconstrói qualquer interpretação errônea voltada ao individualismo.
      A ideia-força escolhida pelo trio, ratifica a necessidade de transpormos, na saúde, caminhos puramente procedimentais a custa da construção de caminhos de partilha pautadas no sentimento e afeto.
      Gosto muito do texto escolhido, o qual nos ajuda a pensar em uma prática docente engajada na autonomia e emancipação.
      Bjs concordantes

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  6. Trio EDUCAMOR (Educação com amor): Lorena, Luciana e Patrícia

    A idéia-força escolhida pelo trio foi a de "recriar o direito ao improviso, ao imprevisível, ao criativo", remando contra o pré-estabelecido, o previsto, o previsível na educação. Brandão pede com isso que se permita a criatividade, onde o conhecimento seja descoberto como um acontecimento da própria vida. Que os métodos de aprendizagem sejam dialogados com as necessidades dos alunos. Que não venha como um conhecimento pronto, como sinalizado por ele mesmo como “enfiar o saber-de-quem-sabe no suposto vazio-de-quem-não-sabe”.
    Sendo esquecido o diálogo entre o educador e o educando, o aluno é considerado passivo onde o outro quer pensar por ele e, não sendo enxergado que sempre haverá partes de cada um no outro, como citado por Paulo Freire. Brandão diz que "a educação deve formar pessoas livres e criativas o bastante para se reconhecerem co-responsáveis pelas suas próprias escolhas".
    A mecanização do ensinar traz atividades, memorizações incansáveis, onde no final o aprendizado se perde. Falta uma educação mais humana, do homem que se percebe livre para abraçar o conhecimento, que será adquirido através de sua leitura do outro e do mundo. Se entendendo com isso, que a educação deve permitir que o aluno ensine ao educador seu modo de vida, e o educador, com capacidade para a interpretação dos significados da vida do aluno, possa se unir a ele e construir um conhecimento diferenciado que comporte as reais necessidades do outro.
    Numa escola, de acordo com o pensamento de Brandão, aprendemos saberes e integramos conhecimentos, mas isto só é possível através da vivência e da integração pessoal e coletiva, da qualidade das emoções estabelecidas na relação educativa. Para o autor, uma relação humana só é pedagógica quando é afetivamente fundada sobre a troca de afetos entre saberes e sentidos da vida.
    No texto "Alguns passos no caminho de outra educação”, Brandão mostra uma reflexão contra a "mecanização dos ensinos". Fala-se em manter os diálogos abertos, criados a partir de um discurso mais fluido, mas na realidade verificamos cursos pré montados e compactados sem direito ao improviso por parte de professor e de alunos.
    Brandão cita em seu texto Paulo Freire e fala da conscientização e da importância da partilha no processo de transformar as pessoas visando uma educação mais humanista.
    Na saúde também não é diferente, há a necessidade da troca de experiências, do diálogo e da escuta do outro, desde a formação do profissional de saúde até a forma de atendimento deste com a população. Para Ceccim e Feuerwerker (2004) a formação deve ser atrelada ao movimento de mudança na sociedade, e ser capaz de escuta aos valores em transformação. Buscando sempre atender a interesses coletivos e à construção de novidade em saberes e em práticas. Segundo os autores, para a área da saúde, o trabalho em saúde é um trabalho de escuta, em que a interação entre profissional de saúde e usuário é determinante da qualidade da resposta assistencial.
    Trazem que a formação para a área da saúde deveria ter como objetivos, a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho, a partir da problematização do processo de trabalho e da sua capacidade de acolher e cuidar das várias dimensões e necessidades de saúde das pessoas. Entrando na lógica da educação permanente, que parte do pressuposto de uma aprendizagem que promove e produz sentidos; e propõe que a transformação das práticas profissionais deva estar baseada na reflexão crítica sobre as suas próprias práticas cotidianas direcionadas para as necessidades de saúde das pessoas, possibilitando aos profissionais de saúde o recriar, o improviso e o criativo.

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  7. Referências:
    BRANDÃO, C. R. Alguns passos para o caminho de uma outra educação - V Seminário Nacional de Educação Integral: contribuições do Programa Mais Educação. Brasília. 2012.
    CECCIM, R. B.; FEUERWERKER, L. C. O quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Physis, v. 14, n. 1, p. 41–65, 2004.

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    1. Olá trio EDUCAMOR. Também gosto muito desta ideia-força de Brandão, a qual nos desafia a uma prática docente mais democrática e dialógica, capaz de formar cidadãos autônomos, condição essencial para a formação humana no campo da saúde. Trazendo o texto sobre a Educação Permanente em Saúde, vcs colocam a possibilidade desta prática criativa ser implementada como política, o que lhe traz mais concretude. Costa (s/d), no texto "O papel do Educador na Concepção de Hanna Arendt" cita o pensamento Celso Lafer de que o pensamento filosófico (enquanto contemplação) se faz coerente consigo mesmo, mas na política, a pluralidade exige um estar sempre ligado aos outros. Isto quer dizer que se podemos pensar por conta própria, só podemos agir em conjunto.

      Bjs "em gênero e grau"

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  8. Dupla: Educandas! (Alessandra Silveira & Flávia Freitas).
    A ideia - força identificada pela dupla é a da Educação para formação/transformação humana.


    Qual o papel da educação na sociedade? A formação humana é histórica e socialmente datada. Na Antiguidade e na Idade Média a educação preocupava-se com a formação do corpo e do espírito, preparando os seres humanos para o convívio social. Com o advento do capitalismo, o trabalho, tornou-se a categoria central, todavia, não o trabalho em sua dimensão ontológica, criativa e fomentadora do potencial transformador dos seres humanos, mas simplesmente como meio para produção de mercadorias, secundarizando valores humanistas (TONET, 2008).


    Mas o que significa formar integralmente o ser humano na atualidade? Para Bydlowki, Lefevre e Pereira (2011), a cidadania não pode mais ser considerada somente como um conjunto de direitos formais, mas como um modo de incorporar os indivíduos e grupos ao contexto social de determinado, refletindo sobre a participação, propõe uma nova compreensão de cidadania que inclui os cidadãos como sujeitos sociais ativos e os institui como criadores de direitos que visem abrir novos espaços de participação social e política. Deste modo, a educação para formação/transformação implica em emancipação humana.


    Qual o papel dos educadores na formação integral? A escola e os professores precisam repensar seus papéis enquanto educadores e sua relação com a sociedade e assim, propor articulação entre educação profissional e formação humana. Tais mudanças devem ser apoiadas em relações éticas e críticas-reflexivas construídas, por meio, do ensino aprendizagem, pautado no respeito, na empatia, na troca e no afeto. Tal movimento objetiva o exercício pleno da cidadania humana em duas ações interdependentes: a primeira refere-se à participação lúcida dos indivíduos em todos os aspectos da organização e da condução da vida privada e coletiva; e a segunda, à capacidade que estes indivíduos adquirem para operar escolhas e assim, reproduzir ou transformar um dado modelo de sociedade (ADORNO, 1995).



    ADORNO, T.W. Educação e emancipação. Trad. de Wolfgang Leo Maar. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1995.



    BYDLOWSKI, Cynthia Rachid; LEFEVRE, Ana Maria Cavalcanti; PEREIRA, Isabel Maria Teixeira Bicudo. Promoção da saúde e a formação cidadã: a percepção do professor sobre cidadania. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 16, n. 3, p. 1771-1780.



    TONET, Ivo. Educação e formação humana. Artigo. IN: Marxismo, educação e luta de classes. JIMENEZ, Susana e outros (orgs). Fortaleza: UECE/IMO/SINTSEF, 2008.

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    1. Olá Educandas. A ideia-força escolhida para mim é conclusiva, na medida em que coloca a educação como força de transformação humana e social. A construção histórica sobre seu papel na sociedade, nos ajuda a entender um caminho longo de construção sobre o protagonismo dos sujeitos sociais, o que nos impõe, como docentes, uma ação política de formação humana para a formação de cidadãos críticos.
      Bjs estimuladores

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    2. Dupla 5:PRÓ- EDUCAÇÃO (Ana Catarina e Daniella Harth).
      A ideia - força identificada pela dupla é a Confiança.

      Com-fiar ou Fiar-com: sobre a possibilidade de tecer diálogos no encontro com os outros.
      Apresentaremos neste breve texto a ideia de confiança trazida por Carlos Brandão como uma noção indispensável para pensar as relações humanas e o processo de aprendizagem. Prado e Tescarolo (2007), a partir de uma releitura da obra de Paulo Freire, defendem uma prática pedagógica encharcada de amor e construída por meio do diálogo.
      No sentido freireano, o diálogo constitui-se a partir de três fundamentos: o amor, a humildade e a fé no ser humano. Nas próximas linhas, vamos nos ater ao que Paulo Freire chama de “fé no ser humano”, ou seja, no ato de confiar. Embora seja feito esse recorte, sabemos que os três elementos são interdependentes e necessários, uma vez que o amor é um ato de coragem e também de compromisso dialógico com o mundo (PRADO,TESCAROLO, 2007). Como nos bem lembra Brandão: “viver à margem do amor não é ruim, é insuportável”.
      Ainda, segundo Brandão, só é possível um diálogo verdadeiro se este estiver fundado na confiança. Confiança pode ser entendida como a fé no outro, no reconhecimento da capacidade do homem de criar e recriar, mudando os rumos de sua vida e da história. Isto é, a confiança nos permite a tranqüilidade necessária para sermos, cotidianamente, criadores dos nossos próprios mundos. A confiança no outro é, portanto, o oposto do medo do outro. Brandão nos fala que “toda a relação dominadora, possessiva e violenta contra pessoas, povos e a natureza, está fundada sobre um sentimento dominante de medo frente ao outro”. E quando não temos o que temer, também não há porque não confiar.
      Segundo o dicionário Aurélio, confiar significa entregar (alguma coisa) a alguém sem receio de perdê-la, acreditar, ter confiança, fé e esperança. A partir da confiança é possível viver com pleno amor a experiência do encontro com o outro. Mas podemos ir além e brincar com a palavra Confiar. Assim, desconstruímos o verbo confiar para conjugar outros modos de ser e estar na relação com o outro e com o mundo. Podemos pensar em termos de com-fiar ou fiar-com, ou seja, tecer com. Tecer juntos, em diálogo com o outro, num sentido bem amplo do termo confiar.
      Então, a questão crucial da educação, portanto, é a formação do educador. "Como educar os educadores?" Marshal McLuhan disse que é a mensagem, aquilo que se comunica efetivamente, não é o seu conteúdo consciente, mas o pacote em que a mensagem é transmitida. "O meio é a mensagem." Se o meio para se aprender o voo dos pássaros é a gaiola, o que se aprende não é o voo, é a gaiola. Segundo Rubem Alves, desejamos quebrar as gaiolas para que os aprendizes aprendam a arte do voo. Mas, para que isso aconteça, é preciso que as escolas que preparam educadores sejam a própria experiência do voo. A formação docente em saúde coletiva exige uma mudança de paradigma atualmente predominante na cultura das instituições formadoras. Entretanto, romper com os paradigmas vigentes não significa recusa pura e simples. Impõe movimentos de crítica, elaboração e superação. Trata-se de uma construção no plano epistemológico ao mesmo tempo em que se mobilizam vontades no âmbito do debate. A formação docente em saúde coletiva, enquanto campo de saberes e práticas, não pode ser compreendida em separado do projeto de reforma social. (Brandão). Assim, entendemos que o voo é uma metáfora da liberdade. Representa a possibilidade de quebrar as amarradas que, muitas das vezes, prendem educandos e educadores à práticas repetitivas e sem sentindo. Para voar é preciso confiar.
      BRANDÃO, C.R. A mente e o coração, a confiança e o diálogo. Por uma ética da partilha do sentido e do afeto na educação.
      PRADO, J.C.; TESCAROLO, R. A pedagogia encharcada de amor de paulo freira na prática docente. In: Congresso Nacional de Educação, VII, 2007.Anais...Curitiba: PUCPR, 2007.
      ALVES, R. Formação do Educador. http://revistaeducacao.com.br/textos/124/artigos234219.asp.

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  9. Olá dupla Pró Educação ... Gostei muito da ideia-força e as citações selecionadas. Me senti voando como um pássaro ao ler os escritos da dupla.

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  10. O afeto e a prática docente em saúde coletiva pelas Agonistas

    Os textos de Carlos Brandão citam as ideias de educação para o "mundo do mercado" e a falta de afetividade no ensino, sem a qual, segundo o autor, não há ensino. Viviane Mosé, explicita a necessidade, a urgência, da mudança de olhar sobre o processo pedagógico brasileiro (incluo aqui também o processo andragógico), principalmente, pois, mesmo em sua crítica, a escola falha, inclusive para a educação para o mercado.

    Com uma estrutura destacada da realidade vivida, das necessidades do si e do outro, e com o "pedagogismo isento de diálogo", a escola se torna uma penalidade, um processo disciplinatório incapaz de proporcionar afetividade e liberdade em seu sentido amplo, de pensamentos e de ações. Dessa forma, os alunos são treinados para o mercado de trabalho, para a repetição do conteúdo, no entanto, não há nas escolas o exercício da inteligência emocional, da reflexão crítica e da prática do "aprender a aprender".

    Para isso, tal modelo lança mão de uma metodologia excessivamente verbalista, teórica e intelectualizada, ao invés de sentida, refletida ou que propicie conscientização. O produto desse sistema origina relações baseadas em preceitos infra-humanos, no qual não se aprende as tecnologias relacionadas à comunicação e às relações saudáveis entre os seres humanos. Assim, as pessoas tornam-se desconfiadas e com medo umas das outras, gerando, no ambiente escolar e até mesmo fora deles um jogo de relacionamentos comerciais e de conquistas, em que os vencedores são aqueles capazes de dominar.

    Eis então o conflito, a dicotomia gerada entre “um ideal aprendido” e o que se depara no exercício de sua função no campo da saúde: as necessidades alheias e a premência de sentimento. Em verdade, esse processo - retrocesso - não se articula convenientemente com a saúde, visto que para termos e proporcionarmos saúde necessitamos, como seres humanos que somos, de afeto recíproco, de diálogos e de construções coletivas. Quando nos esvaziamos para aprender, quando deixamos de segregar os espaços e as pessoas - e a nós mesmos! - onde estivermos será um espaço de afeto, de diálogo, de ensinar-aprender, de saúde.
    (continua....)

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  11. O afeto e a prática docente em saúde coletiva pelas Agonistas (parte 2)

    Sonneville & Jesus (2009) são adeptos a essa posição quando evocam a ideia da complexidade do ser humano. Para eles, o mecanismo do ensinar-aprender ocorre de forma recíproca entre o professor e o aluno e deve ser permeada de afetividade. Ao contrário do que é ditado pela sociedade de mercado em que estamos submersos, não é possível – ou não deveria ocorrer - o distanciamento emocional do outro quando se exerce uma função que lida diretamente com pessoas, como no caso dos professores e, podemos incluir, dos profissionais de saúde.

    Portanto, podemos concluir que a prática docente na saúde coletiva precisa ser um mecanismo dinâmico e compartilhado entre o docente e o aluno, onde a formação seja permanente e integrada entre ambos os lados. E que acontece através de novos olhares sobre a vida e o trabalho, a partir do incentivo à curiosidade, ao questionamento, a reflexão sobre as relações entre a prática e a teoria. Só assim, será possível modelar novas maneiras de atuação profissional efetiva e que realmente propicie o cuidado em saúde. E para tanto, é necessário que se pense "fora da caixa", pensando em estratégias criativas, transformadoras, críticas e que sejam capazes de se repensarem e de aprender com o outro a todo momento, e de se refazerem sempre que necessário.

    Referências:

    BRANDÃO, CJ. A MENTE E O CORAÇÃO, A CONFIANÇA E O DIÁLOGO:por uma ética da partilha do sentido e do afeto na educação.

    BRANDÃO, CJ. Alguns passos pelos caminhos de uma outra educação: idéias para tornar um pouco mais esperançosamente integral o que chamamos de "educação integral"

    SONNEVILLE, JJ., and JESUS, FP. Complexidade do ser humano na formação de professores. In:NASCIMENTO, AD., and HETKOWSKI, TM., orgs. Educação e contemporaneidade: pesquisas científicas e tecnológicas. Salvador: EDUFBA, 2009, pp. 296-319. ISBN 978-85-232-0872-1.

    PLFONTE. O QUE A ESCOLA DEVERIA APRENDER ANTES DE ENSINAR?, [s.d.].

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